domingo, 13 de março de 2011


"Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade

[..]

Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento

Pode ser até manhã
Sendo claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria

Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida"

terça-feira, 7 de setembro de 2010

¿Y tú qué has hecho?




En el tronco de un árbol una niña
grabó su nombre enchida de placer.

Y el árbol conmovido allá en su seno
a la niña una flor dejó caer.

Yo soy el árbol conmovido y triste
tú eres la niña que mi tronco hirió.

yo guardo siempre tu querido nombre
y tú, ¿qué has hecho de mi pobre flor?


(Eusebio Delfín, Cuba)

sábado, 12 de junho de 2010

Yo no lo sé de cierto, pero supongo....

Yo no lo sé de cierto, pero supongo
que una mujer y un hombre
un día se quieren,
se van quedando solos poco a poco,
algo en su corazón les dice que están solos,
solos sobre la tierra se penetran,
se van matando el uno al otro.

Todo se hace en silencio. Como
se hace la luz dentro del ojo.
El amor une cuerpos.
En silencio se van llenando el uno al otro.
Cualquier día despiertan, sobre brazos;
piensan entonces que lo saben todo.
Se ven desnudos y lo saben todo.
(Yo no lo sé de cierto. Lo supongo.)

Jaime Sabines (México)

domingo, 9 de maio de 2010

A verdadeira arte de viajar...

A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!

Mário Quintana

sábado, 17 de abril de 2010

Vontade (Allan Bastos)

Não me peça que eu te cure do seu desespero
Não me faça, não me use o dia inteiro
Só você pra confundir o que ainda resta
Do amor que há em mim e que te detesta

Se despeça do meu ciúme e das minhas falhas
Não me faça, não se culpe
Um dia acaba
Só você pra confundir o que ainda resta
Do amor que há em mim e que te detesta

Enquanto espero você chegar com seu olhar tão distante desejando calor
Enquanto vejo você chamar por quem já não te ouve...
Tá faltando amor

Se despeça do meu ciúme, das minhas falhas
Não me faça, não se culpe
Um dia acaba

Só você pra confundir o que ainda resta
Do amor que há em mim
E que te detesta

Enquanto espero você chegar com seu olhar tão distante desejando calor
Enquanto vejo você chamar por quem já não te ouve...
Tá faltando amor

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Gostas de gato?

link da foto

"A gente vive errando em relação ao próximo e o jeito é pedir desculpas sete vezes por dia: "Oh, I beg your pardon!'. Pois viver é falar de corda em casa de enforcado. Por isso te digo, para a tua sabedoria de bolso: se gostas de gato, experimenta o ponto de vista do rato. Foi o que o rato perguntou à Alice: 'Gostaria de gatos se fosse eu?'."
(Paulo Mendes Campos)

domingo, 28 de março de 2010

A medida da dor

"Às vezes uma pessoa se abandona de tal forma ao sofrimento, com uma tal complacência, que tem medo de não poder sair de lá. A dor também tem o seu feitiço, e este se vira contra o enfeitiçado. Por isso Alice, depois de ter chorado um lago, pensava: 'Agora serei castigada, afogando-me em minhas próprias lágrimas'.
"A dor deve ter a sua medida: É feio, é imodesto, é vão, é perigoso ultrapassar a fronteira de nossa dor [...]."


(Paulo Mendes Campos)